quarta-feira, 9 de maio de 2018

já não sei se lembro...





na poeira do tempo minhas pegadas
continuo no meu entardecer,
trago as palavras caladas
por não as saber dizer
apenas murmuro as mágoas em tom
plangente, mas nem do coração ouço
qualquer som...também ele nada sente

melancolia de quem vai acenando à vida
deixando para trás páginas cheias
de viver e sonhar amor
que esvoaça incerto, não tendo por perto
das suas mãos o calor...

e hoje é como se o tempo se soltasse
esquecesse a minha já marcada face
e eu viesse ao mundo outra vez
só por fruir e amar a vida...talvez!

já toda me embaraço
reinventando memórias loucas
lembrando passo a passo
as carícias, os beijos das nossas bocas
fosse a nossa vida nada, sem amor e entendimento
não faria a saudade no meu coração assento
essa saudade que me escreve
e me lembra o que deve e o que não deve
faz dançar o coração, uma valsa lenta
e,  a sonhar sempre me tenta.

natália nuno
rosafogo






2 comentários:

Maria Rodrigues disse...

E lembrando outros tempos vamos vivendo o presente.
Nostálgico e belo poema
Bom domingo
Beijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco

orvalhos poesia disse...

Olá Maria grata pela tua presença

É certo que o caminho também se faz de lembranças, elas vivem na nossa memória e no nosso coração e tornam possível uma caminhada mais azul. apesar do tempo querer ficar cinzento, o tempo passa veloz e recordar é bom.

Beijinho obrigada, tudo bom amiga